Santa Maria ibn Harun - o blog da Cidade de Faro

sábado, julho 07, 2007

As Sete Maravilhas de Faro

Hoje dia 07/07/07 vai ser divulgado no Estádio da Luz, em Lisboa, o resultado da votação que irá eleger as Novas 7 Maravilhas do Mundo e também as 7 Maravilhas de Portugal. E nesta data tão especial, nós aqui no Santa Maria Ibn Harun-o blog da Cidade de Faro, também decidimos eleger as 7 Maravilhas da nossa Cidade e do nosso Concelho. Já sabem que aqui no nosso blog a vossa opinião conta, por isso vejam e comentem, se tiverem uma opinião contrária digam qual a Maravilha farense que deve figurar na lista. As sete mais referidas podem alterar a lista aqui apresentada no nosso blog.

1ª Maravilha


Igreja Matriz de Santa Maria

Mais conhecida por Sé de Faro. É um dos indiscutíveis ex-libris da cidade de Faro, e que fez da nossa cidade a Capital do Algarve, quando, em 1577 D. Sebastião pede a transferência do Bispo e do Cabido de Silves para Faro. Está associada à mítica Catedral de Ossónoba, construção do período visigótico. Para além da beleza ímpar da própria catedral, também se pode visitar a sua Capela dos Ossos, e o fantástico miradouro da Torre, que tem uma magnífica vista sobre a Ria Formosa.





2ª Maravilha:

Arco da Vila

Uma das imagens de marca da Cidade. É a porta de entrada para a Vila Adentro, transmitindo a sensação a todos os que por cá passam de ser uma espécie de um túnel do tempo, onde de um lado está o presente e no outro o passado. No seu interior encontra-se a Porta Árabe, um arco em ferradura que era a antiga entrada da cidade para quem vinha por mar. Este local está ligado a uma lenda que figura nas Cantigas de Santa Maria, de Afonso x, o Sábio, em que um grupo de pescadores árabes deitou ao mar uma imagem da Virgem que ali se encontrava. Desde então o mar não mais deu peixe, e a terra não mais deu frutos, e os pescadores, aflitos, voltaram a colocar a imagem da Virgem no seu lugar, e a partir daí tudo voltou ao normal.

Foto: Câmara Municipal de Faro



3ª Maravilha:



Palácio Belmarço

Mandado construir pelo abastado comerciante Manuel de Jesus Belmarço para sua habitação. Foi desenhado pelo arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior, em Lisboa em 1912, e é considerado uma importante manifestação da aquitectura Revivalista. O edificio tem dois pisos, excepto no torreão onde apresenta três.
Foram feitas obras de restauro no monumento afim de acolher o Tribunal da Relação, facto que não chegou a acontecer, tendo o edifício sido negligenciado durante algum tempo. Actualmente funciona aqui o Tribunal do Trabalho de Faro.

Fonte e foto: Câmara Municipal de Faro




4ª Maravilha:



Palácio de Estói

Pastiche rococó único na região, o Palácio de Estói é sem dúvida, um dos orgulhos do nosso Concelho. Os seus exuberantes jardins e as suas enigmáticas estátuas transportam os seus visitantes a um mundo à parte. É o símbolo do Romantismo algarvio. Parte do Palácio irá funcionar como Pousada em 2008.


Foto: Algarve Portal


5ª Maravilha:




Teatro Lethes

Anteriormente um Colégio de Jesuítas, o edifício só foi inaugurado como teatro no dia 4 de Abril de 1845, no âmbito das comemorações do aniversário da Rainha D. Maria II. Inspirado no Scala de Milão, o Teatro Lethes granjeou importante fama não só no Algarve como em todo o País. A frase que se encontra na fachada principal "Monet Oblectando", significa "Instrui, distraíndo".






Foto: Algarve Raisen


6ª Maravilha:


Ruínas de Milreu
Situadas a 9 kms a Norte de Faro, as ruínas de Milreu são dos mais importantes marcos da presença romana no Algarve e no nosso país existentes actualmente. As ruínas apresentam a descoberto um complexo edificado do séc. III, constituído por uma casa senhorial de grandes dimensões, as instalações agrícolas, um balneário e um templo. Os peixes representados nos mosaicos da banheira do pequeno frigidarium nas termas do lado poente, são exageradamente gordos. Esta particularidade tem um propósito, pois vistos através da água, os peixes aparentavam mover-se e o seu tamanho ficava reduzido à normalidade.

Fonte: IPPAR/ Foto: Portugal Montranet


7ª Maravilha:


Igreja do Carmo

Foi fundada 1713 pelo Bispo D. António Pereira da Silva, dando o seu nome ao Largo do Carmo, cujos terrenos até então pertenciam à Horta de S. Pedro. O arquitecto carmelita, Padre Frei Manuel da Conceição, de Lisboa, foi o responsável pelo risco da Igreja. A talha dourada é a manifestação artística mais utilizada nesta igreja tendo trabalhado nela os melhores escultores da região, com destaque para oficina de Manuel Martins. Merecem também destaque a ornamentação da sacristia, o acervo de imaginária da Procissão do Triunfo e a Capela dos Ossos.


Fonte e foto: Câmara Municipal de Faro

Esta foi a nossa escolha. Deixem a vossa opinião.

sexta-feira, julho 06, 2007

Concentração de Faro 2007

Este ano a Concentração de Faro, considerada a maior concentração de motos da Europa comemora 26 anos! E a fazer jus ao seu nome e à sua História, o cartaz deste ano volta surpreender. Como cabeça de cartaz temos o mítico Joe Cocker, podendo ainda contar com as "galácticas" presenças de Rui Veloso, Pat Savage, Orishas, Blasted Mechanism, Kiss Forever Band, Tocá Rufar e Urbe. Também ponto alto da festa, o indispensável Bike Show que este ano comemora 16 anos de existência, e ainda Show Erótico, Miss T-Shirt Molhada, entre outras grandes surpresas... Todos os inscritos poderão ganhar uma moto nova e uma semana em Daytona. Todas as informações estão disponíveis no site oficial do Moto Clube de Faro http://www.motoclubefaro.pt/ .

terça-feira, julho 03, 2007

Brevemente aqui no Santa Maria Ibn Harun...

As novidades sobre a Concentração de Faro 2007!

quarta-feira, janeiro 24, 2007

António Ramos Rosa: letras de uma vida

Tal como prometemos, publicamos aqui, neste nosso espaço, a biografia de um dos maiores vultos da literatura portuguesa, e uma das personalidades mais marcantes da nossa cidade.
António Vítor Ramos Rosa nasceu em Faro no dia 17 de Outubro de 1924. Desde muito novo, mostra um especial talento para as letras, interessando-se desde cedo por tudo o que se relacionasse com poesia, fosse em publicações nacionais, fosse em estrangeiras. Nascido de uma família humilde, Ramos Rosa viveu a infância e parte da juventude na sua cidade natal, e foi aqui que iniciou a sua carreira literária como poeta e ensaísta crítico. Colaborou com textos de crítica literária nas revistas "Seara Nova" e "Colóquio/Letras". De 1951 a 1953 fundou e dirigiu a revista "Árvore", e após esta ter sido proibida fundou e dirigiu mais outras duas revistas, a "Cassiopeia" em 1955, e os "Cadernos do Meio-Dia" de 1958 a 1960, revistas importantes da década que também tiveram pouco tempo de vida, devido à censura do regime. Em 1958, publica o seu primeiro livro, "O Grito Claro", onde constam poemas já anteriormente publicados dispersamente. Destacam-se "Poema dum Funcionário Cansado", "O Tempo Concreto", e "O Boi da Paciência".
Poeta da liberdade, Ramos Rosa inicia também uma militância política participando em algumas manifestações e redigindo protestos contra o regime salazarista, o que resulta na sua prisão.
Em 1962 casa-se com Agripina Costa Marques e decide ir viver definitivamente para Lisboa.
Para além de ser correspondente comercial, foi professor de português, inglês e francês, e começou a fazer traduções para a editora Europa-América, trabalho que continuou ao longo da vida, mas após traduzidos mais de 50 livros, e vitimado por uma grave crise de saúde, resolve abdicar da sua actividade de tradutor dedicando-se exclusivamente à actividade poética, crítica e ensaísta.
Numa época em que o medo cala as vozes sedentas, os poemas de Ramos Rosa falam sobre liberdade, tema marcante em toda a sua obra. Dizia mesmo que escreve por "necessidade de escrever", porque para ele "é a procura de um espaço de libertação".
A partir de 1960, começa a publicar com maior regularidade. Estas são algumas das suas obras editadas a partir de então: "Viagem Através de uma Nebulosa" (1960), "Voz Inicial" (1961), Sobre o Rosto da Terra" (1961), "Ocupação do Espaço" (1963), "Terrear" (1964), "Estou Vivo e Escrevo Sol" (1969), "A Construção do Corpo" (1969), "Nos Seus Olhos de Silêncio" (1970), "A Pedra Nua" (1972), "Não Posso Adiar o Coração" (1974), "Ciclo do Cavalo" (1975), "Animal Olhar" (1975), "Respirar a Sombra Via" (1975), "Boca Incompleta" (1977), "A Imagem" (1977), "As Marcas no Deserto" (1978), A Nuvem Sobre a Página" (1978), "Círculo Aberto" (1979), "O Centro na Distância" (1981), "Dinâmico Subtil" (1984), "Clamores" (1992), " O Centro Inteiro" ( 1993, em colaboração com Agripina Costa Marques e António Magalhães), "O Teu Rosto" (1994), "Pela Primeira Vez" (1996), "A Imobilidade Fulminante" (1998). Publicou também a antologia "A Mão de Água e a Mão de Fogo" (1987), e os ensaios "Poesia, Liberdade Livre" (1962), "A Poesia Moderna e a Interrogação do Real" (1979 e 1980), "Incisões Obliquas" (1987), "O Livro da Ignorância" (1988), "A Parede Azul" (1991), e "As Palavras" (2001).
No universo poético de Ramos Rosa predominam os elementos da Natureza, como a água, o fogo, o ar, a pedra, a terra, e a luz. A sua escrita é muito rica, encontrando-se muitos elementos surrealistas, neo-realistas, neoclássicos e neo-barrocos, e testemunha frequentemente uma fusão com a Natureza.
Para além de poeta, António Ramos Rosa distinguiu-se também como ensaísta. Como tradutor, assinou várias traduções de inúmeros autores da literatura mundial como Paul Éluard, Michel Foucault, Brecht, Teilhard de Chardin, ou Albert Camus. Sempre se mostrou muito atento às obras dos seus colegas contemporâneos. Sempre considerou também, que a poesia não tem fronteiras nacionais ou linguísticas.
É considerado um dos melhores poetas portugueses contemporâneos, e o seu mérito tem sido reconhecido a nível nacional e internacional. Foi galardoado com o Prémio Nacional de Poesia em 1971 (recusado por questões de ética que o opunham ao regime), com o Prémio Casa da Imprensa em 1971, com o Prémio Fondation de Hautvilliers em 1976, com o Prémio Fernando Pessoa em 1988, com o Prémio Inernacional da Poesia em 1990, com o Prémio de Poeta Europeu da Década em 1991, entre outros. Foi também candidato ao Prémio Nobel da Literatura por duas vezes, em 1982 e em 1989. Recebeu da Universidade do Algarve o grau de Doutor Honoris Causa em 2003. A Biblioteca Municipal de Faro chama-se António Ramos Rosa, em homenagem ao poeta filho da terra que tão bem a representou perante o país e perante o mundo. Um mito da literatura, digno da maior homengem...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

O presépio dos Bombeiros Voluntários


O Natal já passou e já entrámos no novo ano, mas ainda estamos dentro da quadra natalícia que só termina com o Dia de Reis, amanhã dia 6 de Janeiro. De facto ainda se sente o espírito, as ruas ainda estão enfeitadas e ainda se dão presentes.
Até ao dia 8 de Janeiro, encontra-se em exposição no quartel dos Bombeiros Voluntários de Faro, um dos maiores e mais belos presépios da cidade. O presépio é construído pelos próprios bombeiros e demora quase dois meses a preparar. Todos os pormenores, as pessoas, os animais, o modo de vida da época, o ambiente, nada foi deixado ao acaso. Algumas figuras movimentam-se, existem rios e lagos com peixes verdadeiros, e também a decoração do tecto do Quartel complementa o cenário. O realismo e a perfeição com que tudo é feito, fazem-nos transportar ao primeiro Natal da História. De ano para ano, o presépio tem sempre uma novidade diferente, mantendo o factor surpresa para todos os visitantes.
Acreditem, que tudo isto é resultado de muito trabalho árduo, boa vontade e dedicação de pessoas, que durante todo o ano, trabalham com alma e coração em prol da nossa vida e da nossa segurança.
A nossa equipa deseja aos Bombeiros Voluntários de Faro um excelente ano de 2007 e os Parabéns pelo vosso magnífico presépio!

terça-feira, janeiro 02, 2007

FELIZ 2007!

A equipa do Santa Maria Ibn Harun - o blog da Cidade de Faro deseja a todos os cibernautas um 2007 cheio de paz, amor, alegria, e que todos os vossos desejos se realizem!

domingo, dezembro 24, 2006

Menino Jesus reposto


Parece que felizmente, a Câmara lá conseguiu repôr o Menino Jesus no presépio a tempo do Natal. Não fazia sentido chegar o Natal e no presépio da nossa cidade não estar o Menino Jesus na manjedoura. Mas esperemos que desta vez nenhuma das figuras do presépio desapareça misteriosamente... no mínimo... até aos próximos dias!

sábado, dezembro 23, 2006

Menino Jesus roubado do presépio... pela segunda vez!

O menino Jesus do presépio da Baixa de Faro foi roubado... pela segunda vez este ano! A primeira foi há cerca de duas semanas e a imagem foi reposta na passada terça-feira. Na madrugada do dia 21 de Dezembro, a imagem volta a ser roubada e os ladrões terão tentado levar também uma ovelha, mas sem sucesso.
A Câmara está a tentar repôr a figura até ao dia de Natal, mas receia não conseguir substituí-la a tempo, pois o autor do presépio que fez a primeira substituição gratuitamente, poderá já não ter a figura em "stock". A Câmara refere também que as figuras foram reforçadas com mais parafusos e silicone, de modo a dificultar a sua remoção.
Os roubos têm dado muito que falar nos cafés farenses e têm feito parar junto ao presépio mais transeuntes do que quando o mesmo estava arranjado, mas os furtos já não são uma estreante no presépio da cidade, pois já o ano passado, uma ovelha tinha sido roubada.
Dá para perguntar: será isto alguém só a querer chamar a atenção, ou será um alerta para o estado da segurança da nossa cidade?