Já é tradição no Natal, à parte das luzes e de outros enfeites natalícios, as ruas da Baixa de Faro serem decoradas com uma passadeira vermelha. Este ano, a passadeira estende-se na Rua de Sto.António, como habitualmente, na Rua D. Francisco Gomes, na Rua Tenente Valadim, na Rua 1º de Dezembro, na Rua Vasco da Gama, na Rua Ivens, na Rua Baptista Lopes, na Praça Ferreira de Almeida, e agora também na Rua Manuel Belmarço. A passadeira vermelha, sendo o vermelho uma das cores associadas ao Natal, complementa a decoração natalícia, mas também realça o "brilho" característico desta quadra festiva. E como é sempre de bom tom "estender a passadeira vermelha" a qualquer convidado, esta iniciativa acaba por ser também um convite a todos os farenses para fazerem compras no comércio da Baixa, que com a concorrência em especial do Fórum Algarve, tem sofrido uma grande quebra nos últimos anos.
Mas como quase tudo tem vantagens e desvantagens, a passadeira vermelha também tem os seus contras.
A calçada portuguesa é um estilo único no mundo e uma das imagens de marca do nosso país. Presente na vasta maioria das nossas cidades, vilas, ou outras localidades, a calçada portuguesa é uma característica comum nas nossas zonas urbanas , mas os seus variados padrões em cada rua, ou área, ao mesmo tempo, marcam a diferença. Faro tem vários exemplos ímpares desta arte, um pouco por toda a cidade, que são parte da sua História e testemunhos da sua evolução.
A passadeira vermelha, apesar de ser muito bonita, tem um grande problema: é que o material com que é fabricada e que permite com que adira ao chão, depois da passadeira ser retirada, deixa resíduos na calçada que são difíceis de limpar. O mesmo se passou quando, na altura do Euro 2004, as ruas da cidade foram enfeitadas por uma passadeira verde que imitava o relvado dos estádios.
Não será possível concíliar os dois interesses? Enfeitar as ruas da nossa cidade, sem que, depois dos enfeites serem arrumados, a nossa calçada fique suja? Adaptando um material à passadeira que faça com que ela se fixe ao chão, sem que no entanto, deixe resíduos. Porque a calçada portuguesa faz parte das belezas naturais da nossa cidade!
O palácio foi ideia de um nobre local que morreu pouco depois do ínicio da construção em meados dos anos de 1840. Outra personalidade local adquiriu o palácio e completou-o em 1909. Foi feito visconde de Estói graças ao dinheiro e esforços que despendeu na sua construção. O trabalho foi dirigido pelo arquitecto Domingos da Silva Meira, cujo interesse pela escultura é evidente. O interior do palácio, em pastel e estuque, está a ser restaurado e irá ser uma pousada.
